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Publicado: 10/06/2017 00:00h

Museu Vale recebe exposição “Atlântica Moderna - Purus e Negros”

Museu Vale recebe exposição “Atlântica Moderna - Purus e Negros”

Exposição aborda a relação entre a natureza e a cultura

De 5 de dezembro a 8 de março de 2015, o Museu Vale, em Vila Velha, recebe a exposição individual "Atlântica Moderna: Purus e Negros", de Ana Maria Tavares. O projeto foi criado este ano (2014), durante os meses em que a artista esteve em Houston, Texas/EUA, para lecionar a convite do Humanities Research Center, da Rice University.

Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, Ana Maria Tavares conviveu desde a infância nos espaços modernistas criados por Niemeyer e Burle Marx para a Pampulha. A artista teve uma experiência efetiva das relações evidentes entre arquitetura, paisagismo, pintura mural e escultura; e, sobretudo, da arquitetura praticada.

"Compreendo que paisagem é natureza e natureza é arquitetura. Para mim, a paisagem é uma construção impregnada das ideologias de seu tempo e, portanto, investigá-la tornou-se o centro de minhas preocupações como artista", afirma Ana Maria.

Ana Maria Tavares transforma o galpão do Museu Vale numa grande instalação com esculturas, vídeo e peças sonoras. Dessa forma, apresenta a natureza tropical como viés para o entendimento da relação entre cultura e nação. A artista utiliza como referência o trabalho de ícones da arquitetura modernista: o austríaco Adolf Loos (1870-1933), o francês Le Corbusier (1887-1965), a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992) e os brasileiros Oscar Niemeyer (1907-2012) e Burle Marx (1909-1994).

A obra de Ana Maria Tavares reafirma a relação entre natureza e artifício. "Essa exposição revela o fascínio de Tavares pelas manobras da modernidade para reinar na natureza, desvendando as cumplicidades entre modernismo e ideologia em suas implicações políticas, sociais e biológicas", afirma a historiadora e crítica de arquitetura Fabiola López-Durán.

Sobre o Museu Vale Às margens da baía de Vitória, em Vila Velha, no Espírito Santo, está o Museu Vale. Inaugurado em 15 de outubro de 1998, o museu foi instalado na antiga sede da Estação Pedro Nolasco, um prédio de três andares construído em 1927. Entre suas metas estão proporcionar à população capixaba um espaço de excelência em arte contemporânea, incentivar os jovens a usar a criatividade na busca do conhecimento e preservar a memória da centenária Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

O Museu Vale, que recebeu este ano Certificação de Excelência do site TripAdvisor, abriga uma exposição permanente com 147 itens (93 peças e 54 imagens) sobre a EFVM. Merecem destaque a Maquete Ferroviária, a maior do Brasil, com 34 metros quadrados de área construída, e o Centro de Memória, um precioso arquivo histórico com documentos originais da época de implantação da Vitória a Minas. No entanto, a grande estrela do museu é a Maria-Fumaça, uma locomotiva adquirida pela Vale em 1945, restaurada em 1997 e que está em perfeito estado de funcionamento.

O Museu já recebeu cerca de 1,6 milhão de visitantes e abrigou quarenta exposições de arte contemporânea nacional e internacional, realizadas simultaneamente na Sala de Exposições Temporárias, localizada no edifício-sede, e no Galpão de Exposições, um antigo armazém de cargas adaptado para exposições de grande porte.

Por meio do seu Programa Educativo, que já beneficiou mais de 48 mil crianças, adolescentes e jovens da Grande Vitória, o Museu Vale realiza workshops criados por arte-educadores convidados e ministrados por estagiários de nível universitário. Também como parte da iniciativa, jovens aprendizes recebem capacitação em ofícios relativos à montagem das exposições.

Sobre a Fundação Vale A Fundação Vale busca contribuir para o desenvolvimento local e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades beneficiadas por suas ações e programas. Sua atuação resulta em uma aplicação mais eficaz e qualificada dos investimentos sociais da Vale nos territórios.

A missão da Fundação Vale é contribuir para o desenvolvimento integrado - econômico, ambiental e social - dos territórios onde a Vale atua, articulando e potencializando os investimentos sociais, fortalecendo o capital humano nas comunidades e respeitando as identidades culturais locais. Sua atuação é norteada por seis valores: ética, transparência, comprometimento, corresponsabilidade, accountability (capacidade de prestar contas e de assumir a responsabilidade sobre seus atos e uso de recursos) e respeito à diversidade.

Sobre a Artista Ana Maria Tavares Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, Ana Maria Tavares conviveu desde a infância nos espaços modernistas criados por Niemeyer e Burle Marx para a Pampulha. Neste contexto, tal experiência, desde muito cedo, impactou a artista, contribuindo para o entendimento da natureza e da arquitetura como construções ideológicas, as quais passaram a ser referência para suas investigações teóricas e sua produção artística.

Em suas instalações e obras realizadas em vários meios e linguagens, a artista Ana Maria Tavares vem examinando os mais icônicos edifícios e jardins pertencentes ao legado modernista brasileiro - trabalhos de Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Lina Bo Bardi e Roberto Burle Marx. Algumas dessas instalações, que a artista define como "realidades em suspensão", estabelecem uma relação tensionada entre natureza, paisagem, arquitetura e modernidade. Entre elas, estão as instalações da artista no Brasil nos anos 1990: Porto Pampulha, 1997, criada para o Museu da Pampulha, antigo cassino projetado por Oscar Niemeyer com paisagismo de Roberto Burle Marx e, no ano seguinte, a exposição Relax'o'visions, criada para o Museu da Escultura em São Paulo, projetado por Paulo Mendes da Rocha.

Entre os trabalhos recentes, está o projeto de caráter colaborativo que a artista realizou em 2013 para a cidade de Fortaleza, no Ceará, que culminou na exposição Natural-Natural: Paisagem e Artifício, que claramente revela o direcionamento da obra da artista, o qual visa um exame minucioso das ideologias que subjazem no projeto moderno no Brasil. Ana Maria Tavares tem realizado inúmeras exposições no Brasil e no exterior e tem sido convidada como artista visitante por importantes instituições, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), o Humanities Research Center da Rice University e a University of California, Berkeley, nos EUA; a Universidad Nacional de Colombia, em Bogotá; e a TEOR/éTica, na cidade de San José, na Costa Rica.

Serviço
Exposição "Atlântica Moderna: Purus e Negros" no Museu Vale

Artista: Ana Maria Tavares
Período de visitação: 5 de dezembro a 8 de março de 2015
Horário: de 3ª a 6ª feira, das 8h às 17h.
Sábados e domingos: das 10h às 18h.
Em janeiro: de 3ª a domingo, das 10h às 18h.
Local: Museu Vale (Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n, Argolas | Vila Velha | Espírito Santo)
Informações: (27) 3333-2484


Fonte: Assessoria de Imprensa Vale
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