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Publicado: 18/08/2019 16:15h

Startups apresentam soluções no Demoday do Desafio MinerALL

Startups apresentam soluções no Demoday do Desafio MinerALL

Nesta quarta-feira (14), o Mining Hub recebeu o Demoday da fase de aceleração e pré-escalonamento do Desafio MinerALL, projeto de inovação aberta realizado pela aceleradora corporativa Neo Ventures, pela Samarco e pelo Escalab, centro de escalonamento de tecnologias, com apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e INCT Midas. O objetivo desta primeira edição foi transformar tecnologias de aproveitamento de rejeitos em empreendimentos.

Alessandra Prata, engenheira especialista e líder do Desafio MinerALL na Samarco, deu início às apresentações das startups qualificadas e convidou Yule Mares, da Neo Ventures, e Maria Duarte, do Escalab, para recapitular a trajetória dessa iniciativa, iniciada em setembro de 2018 e que contou com 414 inscritos e 17 tecnologias. Após muitas horas de mentorias, capacitações, estudos de viabilidade e modelagem de negócios, chegaram à etapa de apresentações quatro startups: EcoMud, Element, GMTech e Reuse.

O evento contou com as presenças do prefeito de Ouro Preto, Julio de Araujo, e de Mariana, Duarte Júnior, além de Felipe Guerra, representante da prefeitura de Santa Bárbara.

Em comum, o reaproveitamento de rejeito

Todas as participantes apresentaram soluções baseadas no aproveitamento de rejeito (arenoso e lama) classe II B, inerte e não perigoso, proveniente do beneficiamento do minério de ferro.

Tendo como propósito manter as estradas em boas condições — controlando a poeira e eliminando eventuais buracos — e, ao mesmo tempo, preservar o aspecto natural do solo, a EcoMud propôs uma solução de baixo custo e que utiliza a lama como matéria-prima para uma pavimentação de alta durabilidade.

A Element, por sua vez, apresentou uma solução voltada para o mercado de ferro-silício. A partir do rejeito arenoso da Samarco, a startup chegou a um briquete — bloco denso e compacto — de rejeito e aditivos que promoverá, além do redução do custo com matéria prima, uma redução no consumo energético na fabricação de ferro-silício, utilizado na fabricação de aços especiais.

Em seguida, a GMTech demonstrou ao público do ecossistema de inovação e empreendedorismo presente o conceito de sua argamassa de base geopolimérica, a qual utiliza 50% de rejeito arenoso em sua composição e pode ser aplicada no reforço e no reparo de estruturas na construção civil.

Por fim, a Reuse enfatizou a importância de se ampliar a produção de areia para fundição em Minas Gerais, tendo em vista o impacto do custo do frete no preço desse material. Beneficiado a partir do rejeito arenoso da Samarco, o produto constituiria uma alternativa econômica para a indústria local.

As startups estão no momento de escalonamento e consolidação de seus modelos de negócio, mas já contam com a intenção de compra de órgãos, prefeituras e empresas, além de acordos com a própria Samarco.

Complexo MinerALL: simbiose industrial e valor compartilhado


Tendo em vista os interesses e pontos em comum apresentados pelas equipes, surgiu entre elas uma proposta de sinergia: a iniciativa do Complexo MinerALL, arranjo produtivo local que visa compartilhar recursos humanos e materiais, otimizar atividades de logística e uso de energia, e fomentar o desenvolvimento e a troca de conhecimentos e experiências entre os empreendimentos. Somente no primeiro ano de operação, EcoMud, Element, GMTech e Reuse seriam capazes de reaproveitar 600 mil toneladas de rejeito.

Além disso, o Complexo constituirá uma rede de capital intelectual e institucional com a finalidade de estabelecer relações com as comunidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas e Itabirito, incentivando o empreendedorismo local e a cultura de inovação para criação de soluções para problemas comuns, gerando valor para os territórios mineradores.

Aprendizados finais

Desistir ou pivotar? Para duas das startups participantes, diante das limitações que apareceram no caminho a saída foi repensar o produto, o mercado, a estratégia, mas sem perder o interesse em aproveitar os rejeitos gerando empreendimentos que compartilhem valor com a sociedade. No caso da GMTech, foram necessárias duas pivotagens — mudanças de estratégia de negócio — para que a equipe conseguisse encontrar seu nicho dentro do mercado de construção civil.

A Element, por sua vez, precisou recorrer a especialistas em metalurgia, uma vez que sua equipe decidiu mudar o produto.


Fonte: Comunicação Samarco
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