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Publicado: 12/12/2017 01:00h

Estudo do IGAM mostra queda significativa nos níveis de metais no Rio Doce

Estudo do IGAM mostra queda significativa nos níveis de metais no Rio Doce

Estudo do Instituto Mineiro de Gestão das Águas traça comparativo dos dados da série histórica, entre o primeiro ano pós-rompimento e o segundo ano, até agosto de 2017

Há mais de 20 anos o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) verifica a qualidade das águas do Rio Doce, porém, com o rompimento da barragem de Fundão, este monitoramento ganhou uma importância inestimável. Desde o dia 7 de novembro de 2017, o Igam intensificou a coleta de amostras em 12 pontos da calha do Rio Doce. Nos rios do Carmo e Gualaxo do Norte, o monitoramento começou no fim de novembro.

As águas do rio são avaliadas por meio de 18 parâmetros:
- condutividade elétrica in loco;
- oxigênio dissolvido;
- pH in loco;
- temperatura;
- sólidos totais;
- sólidos dissolvidos totais;
- sólidos em suspensão totais;
- turbidez;
- arsênio total;
- alumínio dissolvido;
- ferro dissolvido;
- cobre dissolvido;
- cromo total;
- cádmio total;
- chumbo total;
- manganês total;
- mercúrio total;
- níquel total

Agora, o Instituto lança um estudo sobre este monitoramento com um comparativo dos dados da série histórica, o primeiro ano pós-rompimento e o segundo ano, até agosto de 2017. A redução dos índices analisados é notável quando comparados aos do primeiro período de monitoramento. “Decorridos dois anos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi possível verificar o comportamento geral da área afetada com relação aos poluentes considerados mais importantes. Comparativamente ao primeiro ano de análise, de novembro de 2015 a novembro de 2016, observa-se que houve uma grande redução das médias dos resultados no segundo período para a maioria dos parâmetros avaliados, indicando uma tendência de aproximação dos valores históricos observados no monitoramento do Igam, porém, ainda com grande proporção de violações aos limites estabelecidos na Deliberação Normativa Conjunta do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) n 01 de 2008”, disse a gerente de monitoramento da qualidade das águas do Igam, Katiane Brito.

Apesar da expressiva redução, ou melhora na qualidade da água, no último intervalo analisado, de novembro de 2016 a agosto de 2017, com relação aos parâmetros turbidez, sólidos em suspensão, ferro dissolvido, manganês total e alumínio dissolvido, as médias ainda se encontram acima do limite legal e das médias históricas. “Esses resultados podem ser atribuídos ao acúmulo do rejeito no leito do rio e em bancos das margens, que continuam a ser revolvidos”, disse a analista ambiental do Igam, Regina Pimenta.

No caso do arsênio e dos outros metais na forma total (cádmio, cromo, níquel, mercúrio e zinco) apresentaram comportamentos semelhantes no segundo período analisado , sempre abaixo dos limites legais e próximos da média histórica.  Tanto o chumbo total quanto o cobre dissolvidoestavam acima das médias históricas na primeira análise. Agora, estes valores já são menores ou iguais a média e abaixo do limite legal.

Se compararmos os dados, é visível a redução  das médias dos resultados na maioria dos parâmetros avaliados. Isto indica uma tendência de aproximação dos valores históricos monitorados pelo Igam, porém, ainda com violações aos limites legais.

Qualidade da água

O monitoramento da qualidade das águas realizado pelo Igam é feito na água que vem direto do rio. Os resultados reforçam a necessidade de tratamento convencional para abastecimento e avaliação das Secretarias Municipais de Saúde para os usos de recreação como: natação, esqui aquático e mergulho, irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.

O monitoramento da qualidade da água do Rio Doce, com foco na avaliação da recuperação após o desastre, continuará a ser realizado pela Fundação Renova, por uma rede composta por 92 estações de monitoramento, dentre as quais, 56 de monitoramento convencional da qualidade ao longo dos rios e lagoas, sendo 22 estações automáticas, e mais 36 pontos na zona costeira que fazem parte do Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático (PMQQS).

Clique Aqui para ter acesso ao Estudo completo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Fundação Renova
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