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Publicado: 12/05/2019 17:36h

Petrobras registra R$ 4 bilhões de lucro líquido no primeiro trimestre de 2019

Petrobras registra R$ 4 bilhões de lucro líquido no primeiro trimestre de 2019

Indicador de endividamento é impactado pela adoção de nova regra para contabilização de arrendamento mercantil (IFRS 16). Meta de desalavancagem está mantida. 

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre de 2019, um aumento de 92% em relação ao quarto trimestre de 2018, principalmente pela menor incidência de itens especiais, que totalizaram R$ 600 milhões (negativos). O Ebitda ajustado, de R$ 27,5 bilhões, foi 6% inferior ao quarto trimestre de 2018, motivado especialmente pela queda no preço do Brent, enquanto o fluxo de caixa livre foi positivo pelo 16º trimestre consecutivo, totalizando R$ 12,1 bilhões. 

“Desde os primeiros dias do ano, iniciamos uma agenda transformacional baseada em pilares estratégicos: maximização do retorno sobre o capital empregado, redução de custo de capital, busca incessante por custos mais baixos, implementação de uma cultura meritocrática e respeito às pessoas e ao meio ambiente, com foco na segurança das operações. Queremos preparar a companhia para os desafios do futuro”, afirma o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. 

Impactos da adoção da IFRS 16 e estratégia de desalavancagem da companhia

A divulgação do resultado financeiro do primeiro trimestre de 2019 marca a adoção da norma contábil IFRS 16 pela Petrobras. A nova norma, que está sendo adotada por todas as empresas que seguem o padrão IFRS (normas internacionais de contabilidade), é referente a operações de arrendamento mercantil (leasing). 

Dentre as mudanças da norma, o IFRS 16 eliminou a classificação entre arrendamentos mercantis financeiros e operacionais, passando a existir um único modelo no qual todos os arrendamentos mercantis resultam no reconhecimento de ativos referentes aos direitos de uso dos ativos arrendados e um passivo de arrendamento.

Com a adoção do IFRS 16, a companhia deixa de reconhecer custos e despesas operacionais oriundas de contratos de arrendamento mercantis operacionais e passa a reconhecer em sua demonstração de resultado: os efeitos da depreciação dos direitos de uso dos ativos arrendados; e a despesa financeira e a variação cambial apuradas com base nos passivos financeiros dos contratos de arrendamento mercantil.

Em termos econômicos, nada muda em relação à empresa e não há qualquer impacto relevante no caixa da companhia. No entanto, em termos contábeis, há efeitos no balanço patrimonial, pois deixa-se de lançar despesas de arrendamento, que passam a ser registradas como depreciação e juros. Isso gera impacto em alguns indicadores da companhia, como no índice dívida líquida/Ebitda ajustado, que aumentou para 3.19x. Se fosse expurgado o efeito da adoção da IFRS 16, esta métrica finalizaria o trimestre em 2.37x. A adoção do IFRS 16 não altera a estratégia de desalavancagem da companhia, mantendo-se a meta de reduzir o índice dívida líquida/Ebitda ajustado para 1,5x em 2020.

O endividamento bruto da companhia diminuiu US$ 23,6 bilhões ao longo dos últimos 12 meses, chegando, ao fim de março de 2019, em US$ 78,8 bilhões (excluindo-se os efeitos da IFRS 16). Os benefícios já estão sendo sentidos pela companhia: a despesa com financiamento no primeiro trimestre de 2019 foi de US$ 1,6 bilhão, uma redução de US$ 294 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2018, o que representa uma economia anualizada de US$ 1,2 bilhão.

Resultados operacionais no primeiro trimestre

A produção de petróleo diminuiu 4% na comparação com o trimestre anterior, em função da usual concentração de paradas de manutenção no primeiro trimestre. Está mantida a expectativa de crescimento da produção, com meta anual de 2,8 milhões de boed, à medida em que os novos sistemas avancem no processo de aumento gradual da produção (ramp-up) até atingir a estabilização, em especial aqueles que iniciaram nesse primeiro trimestre: P-67, P-76 e P-77. Mas estes não foram os únicos mais recentes. Nos últimos 11 meses, sete sistemas de produção entraram em produção, com capacidade total de 1,05 milhão de boed, um recorde na indústria. Outra marca importante que atingimos foi o de pico diário de produção no pré-sal, que ultrapassou a barreira de 2 milhões de boed. 

O market share da Petrobras para o diesel e para a gasolina caiu. Isso indica que houve aumento da concorrência no mercado de derivados, em função da prática de preços competitivos pela companhia. 

A taxa de acidentes registráveis por milhão de homens-horas (TAR) da companhia fechou o trimestre em 0,93, abaixo do limite de alerta de 1,0, o que representa uma redução de 8% face ao trimestre anterior. 

Perspectivas para 2019: gestão de portfólio 
 
Consistente com a meta de concentração nos ativos em que somos donos naturais, nos quatro primeiros meses do ano nossos desinvestimentos chegaram a US$11,3 bilhões, um recorde para a Petrobras. A transação de maior valor foi a venda de 90% da TAG por US$ 8,6 bilhões. Ainda nesse período, a companhia lançou o teaser de venda da Liquigás e adicionou vários ativos ao seu programa de desinvestimentos: oito refinarias, a rede de postos de serviço do Uruguai e realização de oferta secundária de ações da Petrobras Distribuidora.

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Fonte: Assessoria de Imprensa Petrobras
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