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Publicado: 06/04/2018 00:00h

Suzano e Fibria vão criar grupo para avaliar sinergias

Suzano e Fibria vão criar grupo para avaliar sinergias

O presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, afirmou ontem, em evento, que qualquer consolidação da indústria é positiva, mas a partir de agora, a companhia e a Fibria, que vão combinar suas operações, estarão focadas em acelerar a captura de sinergias e gerar custos cada vez mais competitivos.

"A Suzano vai revisitar a meta de custo caixa, para baixo, após a combinação com Fibria", disse o executivo, que participou do Fórum de Corporates Brasil da Fitch Ratings. Conforme Schalka, a consolidação com a Fibria cria valor e houve equilíbrio no compartilhamento desse valor com todas as partes.

Suzano e Fibria vão montar, em breve, um grupo com alguns funcionários de ambas as empresas para avaliar as sinergias decorrentes da união de suas operações. O grupo se dedicará exclusivamente a esse levantamento, que segundo estimativas de analistas deve ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.

Ao mesmo tempo, segundo Schalka, a companhia dará continuidade aos trabalhos, já iniciados, junto à SEC, que regula o mercado de capitais americano, para registro de recibos de ações (ADRs) nível 3. Esse processo deve tomar cerca de quatro meses, afirmou.

A Suzano já contratou também os escritórios que a representarão em 30 países nas conversas com órgãos antitruste. Há quatro mercados considerados fundamentais nessa etapa para aprovação da fusão, que pode levar dez meses: Brasil, EUA, Europa e China. "Temos advogados contratados no mundo todo", informou.

Após a operação, com dispêndio de caixa é de US$ 9,2 bilhões, a Suzano tem como meta retornar a uma alavancagem financeira de 2,5 vezes (dívida líquida/Ebitda) ou menos. Em períodos de investimento, sua política prevê que esse índice pode chegar a 3,5 vezes e isso será mantido. "A Suzano está tomando medidas adicionais de restrição de investimentos e na política de dividendos, praticando por certo período a política mínima de distribuição", comentou.

Em relação aos preços da celulose, o presidente da Suzano afirmou que o momento segue positivo, com demanda forte em todos os mercados e pedidos de clientes, em diferentes regiões, acima da capacidade de entrega. A companhia anunciou novo reajuste, de US$ 20 por tonelada, para a América do Norte e Europa com o objetivo de reequilibrar as cotações nos três mercados mundiais de referência.


Fonte: Valor Econômico
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