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Publicado: 11/05/2016 13:29h

Mancha em Itaúnas não é pluma de rejeitos

Mancha em Itaúnas não é pluma de rejeitos

Após denúncia recebida no dia 04 de abril sobre o aparecimento de mancha, similar à lama de rejeitos no mar ao longo do Parque de Itaúnas, técnicos da equipe de monitoramento marinho do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) foram ao local coletar amostras em dois pontos. Os resultados da análise laboratorial demonstraram que a mancha observada, não se trata da pluma de rejeitos derivada do rompimento da barragem, e sim de fenômeno chamado “bloom”.

O “bloom” é caracterizado pelo rápido desenvolvimento de cianobactérias, formando extensas colônias. Pode ter ocorrência natural nos oceanos e é facilitado pelas condições meteorológicas semelhantes às encontradas no litoral capixaba no início de abril, com pouca influência de vento e baixa circulação.

Na coleta realizada na altura das dunas de Itaúnas, foram encontrados nitrato e fósforo total com valores elevados, o que indica um ambiente propício ao crescimento de microrganismos. Já o oxigênio dissolvido estava com valor reduzido, o que aponta para o consumo deste em ambiente onde prevalecem as cianobactérias.

Na coleta realizada ao largo da foz artificial do rio Itaúnas, os níveis de nitrato, fósforo total e oxigênio dissolvido também estavam alterados pela proliferação de cianobactérias.

Além disso, no local havia número elevado de Escherichia coli, organismo associado ao lançamento de esgoto, que podem ter relação com a proximidade ao centro urbano de Conceição da Barra.

É importante destacar que o Iema não descarta a possibilidade de que a lama de rejeitos concentrada na foz do Rio Doce, tenha influenciado o aparecimento do “bloom” em Itaúnas, isso porque os resultados laboratoriais também apontaram a presença de ferro na água.

Cabe ressaltar ainda, que nenhum dos metais avaliados estava acima dos valores permitidos para água salinas, de acordo com a Resolução Conama 357/05.

É recomendável que as pessoas observem a recorrência do “bloom” em função da possibilidade do aparecimento da “maré vermelha”, que é uma grande aglomeração de microalgas, que podem estar associadas a presença de cianobactérias. Porém, neste caso, pode haver liberação de toxinas que causam mortes aos seres aquáticos e riscos à saúde humana, caso haja ingestão de peixes ou frutos do mar contaminados.

Para acompanhar o comportamento da lama de rejeitos na região costeira do Espírito Santo, o Iema continua realizando os sobrevoos em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Fonte: Assessoria de Comunicação Seama/Iema

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