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Publicado: 14/11/2016 01:00h

De cidade presépio a metrópole desenvolvida: os últimos 50 anos de Vitória em livro

De cidade presépio a metrópole desenvolvida: os últimos 50 anos de Vitória em livro
A capital capixaba vai ganhar um presente nesta quinta-feira, 17, quando será lançado às 19h, no Museu Vale, em Vila Velha, o livro “Tubarão da Ponta ao Porto - Vitória em Transformação”, que reconta os últimos 50 anos de desenvolvimento da cidade. A publicação tem o incentivo cultural da Lei Rouanet e terá exemplares entregues a instituições de preservação da história do Estado, além de instituições de ensino.

A obra é escrita pelo jornalista Juca Magalhães, com a coordenadoria da produtora cultural Erika Kunkel Varejão, e tem a colaboração de grandes personagens de Vitória, por meio de entrevistas realizadas pelas jornalistas Suzana Tatagiba e Marília Targetta. O escritor também recorreu às pesquisas de obras importantes da historiografia e da economia capixaba de autores como Basílio Daemon de Carvalho, Carlos Teixeira de Campos Junior, Marta Zorzal e Luís Serafim Derenzi. Já o design gráfico da publicação, inclusive a capa, foram elaboradas pelo renomado designer Ronaldo Barbosa.

O livro “Tubarão da Ponta ao Porto - Vitória em Transformação” possui 286 páginas. Reúne fotos antigas, entrevistas, registros de jornais da época, mapas, entre outras curiosidades, que ilustram e permitiram resgatar as mudanças estruturais da capital, que passou de cidade presépio para uma metrópole desenvolvida em apenas cinco décadas.

O marco desta transformação é a construção do Porto de Tubarão, iniciada em 1966, que trouxe o desenvolvimento econômico e humano para a cidade, sobretudo fazendo expandir a área continental da Ilha, onde hoje estão situados os bairros Mata da Praia, Morada de Camburi, Bairro República, Jardim da Penha e Jardim Camburi. Até então, a capital havia se “desenvolvido” na região central, sendo que na Praia do Canto, por exemplo, abrigava fazendas, e a Praia do Suá uma pista de corrida de cavalos.

Outra curiosidade apresentada no livro é a constatação do quanto a região de Camburi e a Fazenda Pirahém eram lugares desertos e considerados distantes dos demais pontos da cidade até 1970. Também destaca o desenvolvimento da Serra, beneficiada com a transformação da capital em função da construção do Porto de Tubarão. A Serra, até então, tinha uma população de 17 mil habitantes. Atualmente é um dos municípios mais prósperos economicamente da Grande Vitória e tem 476.428 moradores.
 
Vitória cresce economicamente em 50 anos
O livro “Tubarão da Ponta ao Porto - Vitória em Transformação” também diz muito sobre o desenvolvimento econômico da capital. O dia 1º abril de 2016 marcou os 50 anos da inauguração do Porto de Tubarão, um projeto transoceânico que mudou o destino da economia do Espírito Santo e a vida dos moradores da capital e demais municípios da Grande Vitória.

Em determinada parte da obra, o autor evidencia a relação do Porto com o crescimento da cidade. Até então, a economia capixaba era baseada no cultivo e no comércio do café, e que na época dava sinais de esgotamento. A forte perda do valor comercial do café impôs o êxodo rural, trazendo muita gente para a cidade. A saída para o Estado era a industrialização, o que veio a acontecer com a construção do Porto de Tubarão.

A decisão do governo brasileiro de implementar um porto de águas profundas no Espírito Santo foi o marco da modernização de Vitória. Pela primeira vez na história a capital era palco da principal iniciativa do governo, sede de operações da então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O porto e depois o Complexo de Tubarão alavancaram o desenvolvimento do Estado, proporcionando a transformação dos espaços físicos da cidade, sobretudo, a porção continental do município de Vitória, praticamente inabitado até o início da década de 1970.

O livro “Tubarão da Ponta ao Porto, Vitória em Transformação” resgata muito mais do que a história de construção deste porto, que é emblemático no desenvolvimento da cidade; trata da região em que o projeto aconteceu, os antigos proprietários, o passado desta ponta cujo nome remete aos tempos das capitanias hereditárias. A trajetória de Tubarão não é abordada a partir do negócio do minério de ferro, mas sim dos empreendedores e visionários que ajudaram a transformar a pequena e bucólica “cidade presépio”numa verdadeira metrópole da região sudeste do Brasil.
 
Ficha técnica:
Autor: Juca Magalhães
Projeto: Érika Kunkel Varejão
Número de páginas: 286
Colaborações: Suzana Tatagiba e Marília Targetta
Projeto gráfico: Ronaldo Barbosa
Incentivo cultural: Lei Rouanet

Fonte: Mile4 Assessoria de Comunicação
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