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Publicado: 14/09/2016 00:00h

Com o fim da turbulência política, setor energético espera a consolidação do mercado livre no país

Com o fim da turbulência política, setor energético espera a consolidação do mercado livre no país - São Paulo recebe até quinta (15) a 14a Latin American Utility Week (LAUW), principal encontro de utilities da América Latina. 
- Dymitr Wajsman, presidente da UTCAL, destaca: "Estamos em uma crise real e precisamos de estratégias e medidas regulatórias claras para avançar"
- “O Brasil é um dos maiores mercados de energia do mundo”, afirma Lynn Tabernacki, managing director of Renewable and Clean Energy Group da OPIC
 
As  últimas  alterações  no  cenário  governamental  podem  marcar  o  fim  de  um  longo  processo  de  turbulência  política,  essa  é  a  expectativa  que  está mudando o ânimo do setor elétrico no país. “Esperamos que algumas medidas que encaminham o segmento para um cenário positivo avancem, agora que o Congresso Nacional pode retomar o seu ritmo. Uma delas é a análise e votação do PL 1917/2015, que propõe ajustes no modelo setorial, possibilitando a consolidação do mercado livre de energia”, afirmou o diretor técnico da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), Alexandre Lopes. 

Ele foi um dos palestrantes da Plenária de Abertura da 14a Latin American Utility Week (LAUW), principal encontro de utilities da América Latina, que acontece até quinta (15) no Transamerica Expo Center, em São Paulo.  O projeto apresenta, entre outras coisas, mudanças como a possibilidade de, a partir de 2022, os consumidores escolherem os fornecedores de energia, além de permitir que o mercado livre participe dos leilões de expansão. “Isso é essencial para a concretização do mercado livre no país”, completou Lopes. 

O Presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos acredita no crescimento do mercado livre, mas com cautela. “Os desafios para esta expansão estão na financiabilidade, pois o setor não tem condições de fazer isso sozinho. O crescimento do mercado livre tem que ser sustentável”, disse durante a Plenária de Abertura da LAUW. Entre os países da América Latina, o Brasil é o que mais impõe  restrições  para  entrada  dos  consumidores  no mercado livre, segundo levantamento da Abraceel. 

Abradee espera que programa de pesquisa e desenvolvimento ganhe impulso
A perspectiva de um período de calmaria política também anima Nelson Leite, presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia), que participou da plenária de abertura da 14a Latin American Utility Week (LAUW). Ele espera que seja retomado o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulamentado pela Agência Nacional de Energia  Elétrica  (Aneel)  com o objetivo de estimular as empresas prestadoras de serviço público nas áreas de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica a aplicar, anualmente, um percentual mínimo da receita operacional nesta área. 

“Tudo ficou parado por conta da crise política”, ressaltou Nelson Leite. “O programa  é  uma  oportunidade  histórica  para  rever o modelo de governança do setor elétrico e de sugerir mudanças ao governo. Além disso, fomentar a atração de investimentos no segmento e permitir a ampliação do mercado livre. O país ganha, portanto, um modelo atraente com regras estáveis”.

“O Brasil é um dos maiores mercados de energia do  mundo”,  afirma  diretora  da  OPIC
O Brasil apresenta grandes perspectivas de investimento no setor de energia e tem potencial atrair investimentos internacionais. A opinião é de Lynn Tabernacki, diretora do Grupo de Energias Limpas e Renováveis da OPIC (Overseas Private Investment Corporation), instituição financeira para o desenvolvimento, mantida pelo governo norte-americano. Ela participou do primeiro dia de plenárias da 14a Latin American Utility Week (LAUW). 

Lynn argumenta que para conquistar o interesse internacional, o governo  brasileiro  precisa  ser  pragmático  e  oferecer  previsibilidade  para  o mercado. “Todos os projetos precisam de solidez, com regime regulatório previsível e facilidade para empresas estrangeiras atuarem no país. Além disso, a estabilidade política é fundamental para atrair investimentos, pois a economia está diretamente ligado a isso. Vocês têm ótimos atributos para implantar projetos e vi aqui na LAUW que caminham para um avanço regulatório no setor”, ressalta. 

Ela vai além: “O Brasil é um dos maiores mercados de energia do mundo. Vocês têm 99% do país com acesso à energia. Isso é incrível. Eu conheço nações em que o índice não passa de 5%”. A OPIC investiu cerca de US$ 1 bilhão nos últimos cinco anos em 85 projetos de energia renovável e limpa ao redor do mundo.

Para presidente da UTCAL, empresas brasileiras têm tecnologia competitiva
As empresas brasileiras do setor de energia têm excelência em tecnologia, com capacidade para atingir patamares mundiais de qualidade, mas sofrem com as dificuldades financeiras, observou o presidente da UTCAL (Utilities Telecom & Technology Council Latin America), Dymitr Wajsman. Ele participou do primeiro dia de plenárias da 14a Latin American Utility Week (LAUW). “Vivemos em uma aldeia global e as variações cambiais dificultam qualquer business plan”, disse.

Wajsman  defende  que  o  setor  pode  evoluir com ações integradas de políticas públicas e clareza na regulação. “Passamos por um período político paralisante e agora precisamos andar em frente. Estamos em uma crise real e precisamos de estratégias e medidas regulatórias claras para avançar”, destacou. Sobre a LAUW, o presidente da UTCAL disse: “É um evento importante que permite ao corpo técnico das empresas o contato com a última palavra em tecnologia, além de promover o debate nos seminários”. 

Feira apresenta inovação com a presença de 45 marcas expositoras
Um dos destaques da 14a Latin American Utility Week (LAUW) é a feira com cerca de 45 marcas expositoras. São fornecedores de equipamentos, tecnologias e soluções para automação de redes, geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, medição de energia, água e gás e smart grids apresentando  soluções  inovadoras para o mercado da América Latina.  

Um exemplo é a Landis+Gyr, que apresenta na LAUW os medidores de linha residencial e industrial/comercial que trazem inovadoras opções de  comunicação para  integração  de  redes  inteligentes.  “A  Landis+Gyr  orgulha-se  de  estar  sempre  a  frente  em  sua  capacidade  de desenvolvimento tecnológico e oferecer as melhores soluções e serviços a seus clientes”, diz o CEO da empresa na América do Sul, Marcelo Machado.

Quem aposta em novidades, também, é a Friendcom, que apresenta as  soluções  da  rede  CellMesh,  amplamente usadas em ambientes mais severos no mundo inteiro, com a experiência de mais de 32 milhões de pontos implantados. A CellMesh é a autoformação de rede inteligente de sensores sem fio. Pelo seu alto desempenho na comunicação bi-direcional no AMI, é comprovada ser uma escolha madura e de baixo custo-benefício para Neighborhood Area Network (NAN).

E  para  fechar  o  primeiro  dia  de  evento,  a  Clarion  Events, organizadora da Latin American Utility Week, ofereceu aos presentes um cocktail. Na quarta-feira, dia 14, a feira começa às 09:30 com extensa programação de palestras e os lançamentos das mais de 60 empresas que participam do evento

Fonte: Assessoria de Comunicação Latin American Utility Week
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