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Publicado: 20/07/2014 13:45h

Cadê meu celular?!

Cadê meu celular?!

Um em cada quatro brasileiros já teve um celular roubado, furtado ou perdido, segundo dados da empresa de segurança digital F-Segure

Quem enfrentou a experiência conhece a avalanche de perdas que se seguem: além do prejuízo financeiro - há modelos que não saem por menos de 3.000 reais -, a perda ou o roubo podem significar o adeus a dados irrecuperáveis, como fotos das férias, agenda de contatos e arquivos importantes que estavam salvos apenas no celular. A distração, na maioria dos casos de perda ou furto, á a grande vilã. "As pessoas dão mais valor ao aparelho assim que o adquirem e, depois alguns meses, deixam de tomar cuidados como evitar usar o celular na rua, por exemplo. Mas essa relação deveria ser inversa, pois o volume de informações pessoais armazenadas no aparelho aumenta com o tempo", diz Eduardo Pohhi, especialista em segurança da informação da Módulo, empresa de gestão de risco. Veja, a seguir, dicas para minimizar os estragos decorrentes de perda ou roubo de celular.

ANTES

Capriche na senha de desbloqueio A senha de acesso para os recursos do smartphone é a porta de entrada do aparelho. E a falta de criatividade pode entregar de bandeja aos criminosos todas as informações armazenadas ali. Segundo levantamento da empresa SplashData, que todos os anos divulga uma lista com as senhas mais usadas na internet, a sequência de números liderou no ano passado: 123456 foi a senha campeã em 2013. Portanto, evitar sequências ou números repetidos - 111111 também aparece no lista - é o primeiro passo para proteger sua privacidade em caso se roubo ou perda.

Descubra o número de série do aparelho Todo celular possui um número de série conhecido como Identificação Internacional de Equipamento Móvel (Imei). Com ele, é possível bloquear remotamente o celular e, em tese, transformá-lo em um trambolho inútil para os criminosos. E não é preciso revirar os armários em busca de manuais e notas fiscais. Para descobrir o Imei do celular, digite *#06# no teclado do telefone - e, claro, guarde o número para solicitar o bloqueio do aparelho, se necessário.

Instale (e habilite) programas antirroubo Além de proteger os smartphones de ataques virtuais, os principais pacotes de antivírus contam com funções específicas para roubo e perda. Esses programas possuem funções variadas: podem rastrear o aparelho por meio do GPS, copiar e apagar os dados armazenados nele, enviar alertas sonoros e até tirar e enviar fotos de quem estiver manuseando o celular. McAfee, AVG e Norton são algumas empresas que vendem pacotes nas lojas virtuais App Store, Google Play e Windows Phone Store. Alguns celulares possuem um programa antirroubo próprio - o Buscar Meu iPhone e o Localizar Meu Telefone foram desenvolvidos, respectivamente, para o iPhone e para o Windows Phone. Donos de Android podem baixar aplicativos gratuitos, como o Lookout e o Prey Anti-Theft. As operadoras também contam com programas antirroubo. A Tim, por exemplo, oferece o serviço que localiza, bloqueio e apaga o conteúdo de Smartphones Android por 3,90 reais mensais.

Considere fazer um seguro O seguro para smartphones e tablets tem cobertura restrita: o segurado só recebe indenização se sofrer roubo (que é a subtração do bem sob ameaça ou violência física) ou furto qualificado (que, segundo o artigo 155 do Código Penal, inclui apenas os furtos em que haja arrombamento da casa ou roubo do carro onde estava o celular, por exemplo). Ou seja: não adianta recorrer à seguradora em caso de furto simples, em que o aparelho é surrupiado por distração do dono. Os seguros podem ser contratados nas operadoras, em lojas especializadas em celulares ou diretamente nas seguradoras, como Assurant, BB Mapfre e Zurich, e custam em torno de 15% do valor do aparelho anualmente. Algumas franquias podem chegar a 25% do valor do aparelho. Ou seja, em caso de sinistro a indenização real seria de 75% do valor do bem. Em uma conta simples, se o roubo acontecer após dois anos da aquisição do seguro, o dono do celular terá pago, incluindo a franquia, 55% do valor do aparelho à seguradora. Por causa do valor alto e da cobertura restrita, o seguro pode não ser vantajoso para quem dificilmente se expõe a situações de risco.

Salve os dados na nuvem Embora exista seguro para reaver o valor do bem roubado, nada pode trazer de volta fotos, vídeos, mensagens e contatos salvos apenas no celular. A solução para evitar a perda irreparável de dados está nos programas que enviam informações salvas no smartphone para servidores compartilhados, como Dropbox, iCloud, SkyDrive e Google Drive. Dependendo do aplicativo, o envio de dados é automático, ou então é o próprio usuário quem seleciona os arquivos manualmente e os envia.

DEPOIS

Registre um boletim de ocorrência Reportar o crime é um dos primeiros passos para quem tem o celular roubado. O registro contribui para o mapeamento dos crimes na cidade, o que pode ter reflexo no aumento do policiamento preventivo nas regiões com maior incidência de roubo de celulares e ajudar na investigação de outro crimes. O B.O. ainda pode livrar a vítima de implicações se houver uso indevido do aparelho pelos criminosos. No Estado de São Paulo, é possível registrar boletim de ocorrência de furto e roubo de celulares em que a vítima não sofreu agressão física pelo site da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (www.ssp.sp.gov.br).

Solicite o bloqueio da linha e do aparelho Com o número de série do celular, o Imei, entre em contato com a operadora para solicitar o bloqueio da linha e do aparelho. Caso o celular ou tablet seja encontrado, basta pedir o desbloqueio na operadora informando os dados cadastrais do usuário.

Tente localizar o celular O rastreamento deve ser feito quanto antes, pois ele só é possível se o aparelho estiver ligado, com o GPS e a internet 3G habilitados - mais uma vez, a senha de bloqueio pode dificultar o acesso dos criminosos às funções do smartphone para desativar esses recursos. Atenção: a localização do aparelho deve ser informada à polícia. Assim como não é recomendável reagir a um assalto, a vítima jamais deve tentar recuperar o celular por conta própria.

Fique ligado A distração dos incautos é a maior aliada dos larápios que furtam celulares e tablets. Bastam alguns segundos de descuido e, pronto, o smartphone deixado sobre a mesa do restaurante desaparece. Veja as recomendações da seguradora BB Mapfre e da Polícia Civil de São Paulo para reduzir os riscos de ser roubado e furtado: • Procure não falar ao telefone ou digitar enquanto estiver caminhando na calçada. Se for imprescindível atender uma ligação, use fone de ouvido com microfone para evitar a exposição direta do celular. • Nunca guarde o celular ou o tablet em compartimentos externos da mochila ou da bolsa, que são de acesso fácil e rápido para os criminosos. • Evite deixar o celular sobre a mesa em locais públicos, como bares e restaurantes, ou no bolso do paletó pendurado sobre a cadeira. E, sempre que sair da mesa, mesmo que por poucos segundos, leve o aparelho. • Não deixe o celular ou o tablet dentro do carro estacionado. Em último caso, coloque-os em um compartimento fechado, fora da vista de estranhos. • Em shows e eventos públicos, mantenha e celular sempre à frente do corpo - nunca em bolsos traseiros.

Caiu e quebrou? Chame o seguro O seguro contra roubo e furto qualificado é uma das três categorias de seguro existentes para celulares e tablets. O segundo modelo é a garantia estendida, um convênio da loja com uma seguradora que conserta defeitos no aparelho sem custo de mão de obra ou de peças por um período superior à garantia da fábrica. A garantia estendida, que também pode ser contratada na compra de eletrodomésticos e eletroeletrônicos em grandes redes varejistas, custa, em média, 10% do valor de celular. Para os desastrados e mais sujeitos a danos acidentais, que não são cobertos pelos fabricantes, existe o seguro contra quebras causadas, por exemplo, por quedas no chão e na piscina. É possível incluir esse tipo de proteção em pacotes mais abrangentes, como é o caso do programa Multiproteção Celular, uma parceria da Vivo com a Zurich Seguros, que cobre danos por acidentes, roubo e furto qualificado, custa entre 8,50 e 41 reais mensais e cobra franquia de 25% do valor do aparelho. O problema é que esse serviço é exclusivo para aparelhos novos, adquiridos apenas naquela operadora. A Pitzi é um clube de proteção de celulares e smartphones independente que oferece cobertura para aparelhos usados, de qualquer operadora, mas não indeniza roubos e furtos. No seguro da Pitzi, cada membro paga uma mensalidade de até 30 reais, de acordo com o modelo do aparelho - e, em caso de sinistro, desembolsa uma taxa fixa de 75 reais para consertá-lo. Em qualquer situação, antes de assinar o seguro leia atentamente todas as cláusulas e restrições do contrato para evitar surpresas desagradáveis ao tentar acioná-lo.

Fonte: Revista Veja - 29/01/2014

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