A crescente demanda global por produtos e serviços de baixo carbono traz novos desafios e oportunidades ao nosso negócio, levando à diversificação rentável de portfólio alinhada à nossa estratégia de liderança na transição energética justa. Conciliar o foco em óleo e gás e negócios de baixo carbono (incluindo produtos petroquímicos, fertilizantes e biocombustíveis) é parte da nossa visão como empresa integrada de energia.
As possibilidades de investimento estão distribuídas por toda a empresa, desde o nosso Centro de Pesquisas e Desenvolvimento até as áreas de negócio. São oportunidades para atender às demandas de produtos com menores emissões de GEE, que requerem desenvolvimentos específicos e podem envolver a realização de projetos, sempre tendo em vista os requisitos dos mercados e a necessidade de nossos clientes.
Por isso estamos investindo cada vez mais em pesquisa e parcerias nas áreas de transporte rodoviário, transporte aéreo, transporte marítimo e químicos verdes. E desenvolvendo produtos como o Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável; o SAF, querosene de aviação sustentável; e o VLS 24, um combustível marítimo com 24% de biodiesel. Isso sem falar nos projetos envolvendo etanol, biodiesel e biometano. Saiba mais sobre estes produtos em nosso Caderno de Mudança do Clima.
Mas queremos investir mais. Por isso estamos lançando, em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) um edital de chamada pública para a seleção de gestor e estruturação de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital (CVC).
O fundo será dedicado aos negócios de transição energética e de descarbonização e tem como objetivo investir em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de base tecnológica que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono no Brasil.
Dentre as áreas-alvo dos investimentos, que se darão no Brasil, estão a geração de energia renovável, armazenamento de energia e eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura de carbono, utilização e estocagem (CCUS) e descarbonização de operações. As startups alvo devem possuir ao menos soluções validadas e início de receitas recorrentes (de Seed a Series B).
Prevemos investir até R$ 250 milhões, limitado a 49% do fundo, o BNDES até R$ 125 milhões, limitado a 25% do fundo, e a Finep, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 60 milhões. Além dos cotistas-âncora, o fundo tem potencial para receber aportes de outros investidores, podendo alcançar investimento total de até R$ 500 milhões.
O gestor do fundo selecionado por meio do edital terá independência para as decisões de investimentos, além de autoridade para agir em nome do fundo. A expectativa é que o processo de seleção seja concluído em outubro e as operações sejam iniciadas no primeiro semestre de 2026. O prazo total do FIP será de até 12 anos.
O Corporate Venture Capital (CVC) é um modelo de investimento em que empresas, geralmente de grande porte, aportam recursos em soluções emergentes, com potencial de crescimento e que atuam em atividades estratégicas.
A criação deste fundo está alinhada às estratégias dos cotistas-âncora. A iniciativa é uma das ações do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em junho de 2023, para formação da Comissão Mista BNDES-Petrobras, voltada para as áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança.
“Acreditamos que por meio do programa de CVC será possível fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, aproximando ainda mais a Petrobras do ecossistema de inovação e reforçando nossa liderança na transição energética justa. Ter parceiros experientes nesta construção, como BNDES e Finep, traz mais solidez para esta ação”, afirma nossa presidente, Magda Chambriard.
"Esse novo Fundo é convergente com a estratégia de atuação do Sistema BNDES e com a missão da Nova Indústria Brasil, que busca impulsionar a bioeconomia, a descarbonização e a transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações. Investir na transição climática, por meio de inovação, é investir no futuro. É a chave para impulsionar uma economia sustentável e resiliente diante dos desafios globais”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Via Nova Indústria Brasil, damos mais um salto na integração à política de aumento do protagonismo da indústria na composição do PIB nacional. Estamos seguros de que é o melhor caminho, o setor produtivo está carente de fundos desse tipo e a parceria de fomento vem solucionar uma demanda do mercado”, diz o diretor financeiro da Finep, Marcio Stefanni.
Petrobras Innovation Ventures
O FIP anunciado hoje fará parte do Petrobras Innovation Ventures, um novo módulo do Conexões para Inovação, programa gerido pelo nosso Centro de Pesquisas e Desenvolvimento. O Conexões para Inovação promove uma série de iniciativas para intensificar a integração com o ecossistema de inovação, em especial instituições de ciências e tecnologia, universidades, startups, empresas de diferentes setores e pesquisadores empreendedores. O Petrobras Innovation Ventures tem como objetivo investir, por meio de fundos, em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica que possuam soluções inovadoras em áreas estratégicas para a Petrobras, no Brasil e no exterior.
O novo módulo vai incorporar todas as nossas atividades em CVC, o que inclui os investimentos no Catalyst Fund I, gerido pela Climate Investment (CI), braço de venture capital da Oil and Gas Climate Initiative (OGCI). Este fundo já investiu em mais de 40 empresas com atuação global voltadas à descarbonização, trazendo soluções inovadoras que podem ser aplicadas ao setor de óleo e gás. Clique aqui para ter acesso ao edital para a seleção de gestor e estruturação do FIP.
Firmamos parceria para avaliar transformação de resíduos de pesca em biocombustíveis na região da Amazônia Legal
Firmamos uma parceria para estudar a transformação de resíduos pesqueiros da região da Amazônia Legal em energia. O Termo de Cooperação foi assinado pela presidente Magda Chambriard na sede da Petrobras, no Centro do Rio, com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Fundação Getúlio Vargas, por meio da FGV Energia, e o Instituto SENAI de Inovação (ISI Biomassa).
O projeto tem como objetivo propor soluções para a redução de problemas críticos como a poluição hídrica e a emissão de gases de efeito estufa causados pelo descarte inadequado de resíduos da pesca. A iniciativa prevê múltiplas frentes de atuação, incluindo a extração de óleos para produção de biodiesel, biodigestão anaeróbia para geração de biogás e biometano, além do aproveitamento de subprodutos para biofertilizantes e ração animal.
A iniciativa inclui ainda a elaboração de um Atlas detalhado sobre o potencial de produção de biogás, biometano e biodiesel em toda a Amazônia e no Brasil, além de estudos de viabilidade técnica e econômica. O projeto também prevê a possibilidade de obtenção de patentes para os processos desenvolvidos e a criação de novos modelos de negócios, incluindo oportunidades com certificados verdes.
Um dos principais resultados será o esboço do arranjo tecnológico de uma planta piloto modular com potencial instalação no campus da UFAM, servindo como modelo replicável para outras regiões. A estrutura poderá promover a economia circular ao integrar diferentes processos de aproveitamento dos resíduos. Os impactos positivos poderão se estender além da questão ambiental, incluindo aumento da competitividade da indústria local e fortalecimento das comunidades ribeirinhas. Há um foco especial na inclusão social, principalmente das mulheres, que representam parte significativa da força de trabalho no setor pesqueiro da região.
“Entendemos que o esforço em prol de um Brasil mais rico, mais desenvolvido tecnologicamente e mais limpo é o nosso legado para as gerações futuras. Temos sido, ao longo das últimas sete décadas, e queremos continuar sendo, parte atuante das soluções necessárias à construção do nosso país”, disse a presidente Magda Chambriard, na cerimônia de assinatura da parceria.
Parceria estratégica em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)
Também assinamos, em nome do Centro de Pesquisa da Petrobras (CENPES), um Protocolo de Intenções com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), visando estabelecer uma parceria estratégica na avaliação de oportunidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em áreas estratégicas como energias renováveis, tecnologias digitais, sustentabilidade e eficiência energética.
A celebração desse novo instrumento justifica-se pela convergência estratégica de ambas as instituições no fomento à inovação tecnológica no Brasil. O Cenpes, como um dos maiores centros de pesquisa de energia do mundo e o maior da América Latina, e a Embrapii, organização dedicada a fomentar a inovação e competitividade na indústria brasileira, compartilham objetivos complementares que podem gerar sinergias significativas.
Como piloto dessa iniciativa, foi selecionado o tema Economia Circular, que visa integrar parceiros como universidades, instituições de pesquisa e empresas para acelerar o desenvolvimento de tecnologias e inovações para desafios relacionados à valorização de resíduos industriais e ao descomissionamento sustentável.
O acordo prevê uma governança para a avaliação conjunta e priorização de projetos de PD&I nas diversas áreas estratégicas. Com essa parceria, Petrobras e Embrapii buscam contribuir para o enfrentamento das questões globais em sustentabilidade, com foco na otimização do uso de recursos naturais, descarbonização e transição energética justa.
Criada em 2013, a Embrapii fomenta a inovação por meio de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa públicas e privadas.