Loading...

Notícia

Publicado: 29/04/2024 13:11h

Startups FIPs podem ser solução para busca de investimentos nas empresas

Startups FIPs podem ser solução para busca de investimentos nas empresas

Com carteira de quase R$ 300 milhões, Bandes é cotista de seis Fundos de Investimento em Participações

Startups são conhecidas pelo potencial de crescimento, mas costumam enfrentar dificuldades na busca por investidores. Por serem empresas em estágio inicial, é comum que a falta de um histórico empresarial e de garantias reais, por exemplo, torne o financiamento mais difícil.

Reconhecendo esse desafio, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) apoia esses negócios com uma iniciativa diferente do financiamento: os Fundos de Investimento em Participações (FIPs). Distinta do crédito tradicional, os FIPs representam uma modalidade de apoio na qual uma empresa gestora do Fundo identifica o potencial de crescimento de um negócio e adquire um percentual de suas ações. Ou seja, o FIP entra como sócio acionista dos empreendimentos selecionados com base no potencial de retorno.

Um dos seis Fundos dos quais o banco capixaba é cotista é o Primatec, que investe em startups dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Energia, Sustentabilidade e Economia e é gerido pela Antera Gestão de Recursos.

Nesse caso, uma empresa capixaba investida pelo Primatec é a Gama Ensino, que adota uma tecnologia própria de ensino adaptativo para apontar lacunas de conhecimento de um aluno e criar uma trilha de aprendizagem que eleve o potencial de estudo. Com o investimento de R$ 2 milhões em 2023, a empresa utilizou os recursos para aprimorar as atividades e crescer rapidamente. No ano passado, o faturamento da Gama foi de R$ 4,4 milhões e a meta para 2024 é chegar aos R$ 10 milhões.

Um outro exemplo recente é Vidya Technology, empresa que oferece tecnologia para a gestão de performance de ativos com base no uso de digital twins — aplicação que coleta dados em tempo real de objetos físicos e cria uma réplica digital. O Primatec investiu na companhia R$ 2,5 milhões e vendeu suas ações por R$ 5 milhões, um reflexo do seu crescimento nos últimos anos.

O apoio necessário
"As startups, por natureza, costumam enfrentar muitos desafios no período inicial, momento no qual os gastos, muitas vezes, superam as receitas. O FIPs podem ser uma solução que oferece à empresa os recursos necessários para sustentar suas operações e atingir o equilíbrio entre as despesas e as receitas. A partir daí, é possível investir em estratégias para o crescimento do negócio”, afirma a gerente de Participações, PPPs e Investimentos do Bandes, Ivone Pontes.

Dessa forma, FIPs contribuem para o crescimento das startups, a inserção de novos produtos no mercado, a geração de emprego, renda e o desenvolvimento sustentável do ecossistema de inovação capixaba. Após um período determinado, a gestora do Fundo vende as ações, processo chamado de desinvestimento. No caso do Primatec, esse prazo é de, geralmente, cinco anos. Os FIPs têm, em média, dez anos, sendo cinco para investir nas empresas e formar um portfólio e outros cinco para desinvestir e retornar os recursos aos seus cotistas.

Para Ivone Pontes, essa parceria proporciona às startups ganhos que vão além dos recursos financeiros. "Os Fundos de Investimento em Participações são uma ferramenta essencial para o crescimento das startups capixabas. Ao entrar como sócio acionista, o Fundo não apenas viabiliza o acesso ao capital necessário para a expansão, mas também traz consigo toda uma expertise que proporciona suporte estratégico e orientação para a gestão e a governança das empresas, impulsionando seu crescimento”, destaca.

Conheça os FIPs em fase de investimento:
Funses 1: com aporte inicial de R$ 250 milhões do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo (Funses), investe em empresas voltadas para a introdução de novidades ou no aperfeiçoamento do ambiente produtivo ou social, que resultem em novos produtos, processos ou serviços. Áreas de foco: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC); Nanotecnologia; Varejo e Comércio Eletrônico; Economia Criativa, Serviços Financeiros; Economia Digital; Educação; Saúde e Ciências da Vida; Energias Renováveis; Químico e Materiais; Meio Ambiente; Agronegócio; Metalmecânico; Transporte; Logística; Rochas Ornamentais; Economia do Turismo e Lazer; Madeira e Móveis; Confecção; Têxtil e Calçados.

Fundo Anjo: para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, em estágios iniciais e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Economia Criativa; Agronegócios; Saúde e Biotech; Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); “Fintechs”; Cidades Inteligentes.

Seed4science: apoia empresas que atuam em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) e aplicação de produtos, processos e serviços de alta tecnologia e/ou significativo teor de inovação na solução de problemas relevantes em grandes mercados. Áreas de foco: Biotecnologia; Nanotecnologia; Internet das Coisas e materiais avançados; Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em especial aquelas relacionadas à big data e machine learning, com verticais de aplicação em Agronegócio, Indústria, Saúde e Bem-estar e Varejo.

FIPs em fase de desinvestimento:
Criatec 3: para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, em estágios iniciais e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), Biotecnologia, Agronegócio, Novos Materiais e Nanotecnologia.

Primatec: para empresas de base tecnológica com alto potencial de crescimento e voltadas para o ecossistema de inovação nacional e o empreendedorismo. Esse fundo apoia pequenas e médias empresas inovadoras sediadas há menos de dois anos em incubadoras e parques tecnológicos. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Sustentabilidade e Energia, Economia Criativa.

FIP Trivèlla M3 VC4: investe em tecnologia para setores prioritários como saúde, educação, energias renováveis e agronegócio; tecnologia para mobilidade urbana, segurança pública, cidades inteligentes e Internet das Coisas (IoT); Tecnologia para varejo e logística; Tecnologia para o mercado financeiro de empresas enquadradas no conceito de fintechs.


Fonte: Assessoria de Imprensa do Bandes
Arquivos
Stand in Company

Empresas Fornecedoras